Física - Otica e Ondas

Ótica e Ondas

Estes dois tópicos foram esquecidos de propósito... Mas as partes mais avançadas de aplicação estarão no blog de Astronomia (astronomia2escola.blogspot.com).  O restante ficará por aqui. 

A visão e as imagens e sua formação são em sí um assunto fascinante pois dependemos amplamente da visão para nos desenvolvermos e deslocarmos em nosso meio ambiente. Junto aos outros sentidos ela constitui o kit de sobrevivência do ser humano na Terra. A visão humana é resultado da presença daquilo que foi chamado inicialmente de luz em nosso meio ambiente.  

Inicialmente vista como um fenômeno cíclico pelo homem primitivo e obedecido por todos os seres vivos do planeta Terra, a luz foi considerada inicialmente uma divindade que se sintetizou na imagem do disco solar, que seria aquele que propicia a luz, sua dádiva. Para os egípcios e muitos outros povos seria o deus Amon Rá, ou o deus Sol, para os gregos o deus Apolo em sua carruagem. 

Ingressando na Era moderna, onde os fenômenos da Natureza aos poucos passaram a ser estudados de forma mais metódica, o estudo da luz e suas propriedades geométricas foram sendo esclarecidas e utilizadas em conjunto com o estudo das outras luzes que restavam no céu quando o sol se punha (ou o deus Sol ia embora...): as estrelas e os outros corpos luminosos. 

O início destes estudos se perdem nas origens do sedentarismo ou período Neolítico, quando o Homem inicia o plantio de espécies vegetais e passa a criar as primeiras povoações fixas na face da Terra, cerca de 15.000 anos atrás, segundo dados históricos mais conservadores. A posição das estrelas e o clima passam a ser importantes para plantar e colher e portanto a sobrevivência do Homem agora sedentário depende de uma boa safra.  A observação do céu noturno e da posição das estrelas dá origem à criação das primeiras constelações, associadas à mitologia de cada povo conforme sua evolução ocorre no espaço histórico da Humanidade. Os primeiros registros que originam a escrita surgem neste período. 

No crescente fértil, atual Iraque, onde existem alguns dos sítios arqueológicos mais antigos da Terra, uma das constelações mais antigas criadas é o Escorpião, animal muito comum naquela região quente e seca.   No hemisfério norte, sua presença no céu indica o Verão, e no hemisfério sul, indica o Inverno.  Outras constelações foram criadas pelos povos do crescente fértil, os sumérios e outros povos que os sucederam na história.  A observação de que certas estrelas brilhantes e constelações estavam associadas com o período correto de plantar certas sementes, tornaram estas informações vitais para a sobrevivência das populações sedentárias, que cresceram continuamente originando as  primeiras cidades na história humana.  

Ao Sol, um deus, foram juntados outros deuses ligados aos astros e a outros fenômenos da Natureza, e a classe encarregada de determinar a época correta de plantio se tornou poderosa e ganhou o título de sacerdote, e intérprete dos deuses perante os homens. O estudos dos céus e o movimento celeste se tornou um misto de observação astronômica e interpretação mística, que hoje conhecemos como Astrologia.  Esta primitiva ciência, podemos dizer assim, tinha um lado prático, que era prever corretamente a posição dos astros e portanto informar a época correta de plantar e colher aos agricultores, base da sobrevivência da nova sociedade humana, agora agrícola e sedentária.  

Os mitos originados pelos sumérios no crescente fértil, passaram para outros povos da região, e no suceder de culturas chegamos até os gregos, que absorvendo estes estudos e criando muitas de suas  constelações com base em seus heróis míticos, nos legaram as constelações tradicionais que conhecemos: as constelações do Zodíaco e as constelações tradicionais do hemisfério norte.

Luz

Visto pelos gregos como um fenômeno geométrico que saia dos olhos e ia na direção dos objetos permitindo assim que fossem vistos, segundos alguns filósofos gregos da antiguidade, o estudo geométrico da luz progrediu. Por volta do ano 1000, alguns estudiosos árabes já tinham uma teoria geométrica mais exata sobre a propagação da luz, indicando que ela era refletida pelos corpos que ficavam próximos a uma fonte luminosa, sendo assim captada por nossos olhos.  As leis de refração da luz também foram determinadas neste período.  O estudo dos feixes de luz se propagando num quarto escuro a partir de um orifício em uma de suas paredes originou a câmara escura, que permitiu um avanço no estudo da formação das imagens, assim como um avanço nas Artes a partir do fim da Idade Média, onde a câmara escura permitiu o surgimento da perspectiva, a partir dos desenhos que eram obtidos partindo das imagens formadas dentro da câmara (ou sala) escura.

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